PSICÓLOGA DÁ DICAS DE COMO LIDAR COM A ANSIEDADE E EVITAR A INSÔNIA
Dormir com qualidade é tão importante quanto cuidar da alimentação, praticar exercícios e tratar a mente. A privação do sono ou a má qualidade dele pode acarretar consequencias como: cansaço, comprometimento na memória, na atenção, alterações do humor e dificuldade de concentração (MUELLER & GUIMARÃES, 2007). Os transtornos do sono estão associados também com a ansiedade e a depressão. Estudos mostram que a insônia crônica é considerada um dos fatores de risco para desenvolver a depressão (TUFIK & POYARES, 2008). Dormir é uma necessidade primária do homem, assim como a fome e a sede. Portanto, quando falamos de sono, falamos também de qualidade de vida. Nesse sentido, cuidar do nosso ciclo de sono-vigília é fundamental para obter uma vida saudável.
O tratamento psicológico para distúrbios do sono é importante para auxiliar o paciente a lidar da melhor forma possível com o seu problema, buscar uma compreensão de como se estruturou o transtorno, qual a relação deste com sua vida, e de que maneira pode agir diferente para a história não se repetir. Além disso, a psicoterapia possibilita um espaço de acolhimento, no qual a pessoa pode olhar com cuidado para seus pensamentos, sentimentos e necessidades relacionados ao tema.
Existem manejos para lidar no dia a dia com problemas relacionados à falta de sono, são alguns deles:
1) Bloquinho de anotações: antes de dormir, anote com caneta ou lápis em um bloquinho de papel tudo que está te preocupando, o que você está sentindo, as tarefas que precisa cumprir no dia seguinte. Dessa forma, sua mente consegue relaxar, aliviar de forma temporária a ansiedade e se preparar para uma boa noite de sono. Importante: não anotar no celular ou no computador, pois a utilização desses eletrônicos pode estimular mais ainda seu cérebro a se manter ativo.
2) Respiração: antes de se deitar, observe como está sua respiração. Está rápida? Lenta? Você expira ou inspira por mais tempo? Para relaxar, procure inspirar lentamente inflando o abdômen. Ao expirar, faça também lentamente, e o dobro de tempo que você utilizou para inspirar. Por exemplo, se você inspirou por 3 segundos, você expira por 6 segundos. Repita algumas vezes, até sentir que está mais relaxado.
É importante lembrar que esses manejos não são substitutos de um tratamento psicológico, eles apenas são viavéis para aliviar os sintomas. Para um resultado efetivo, o mais indicado é realizar um tratamento multiprofissional, no qual cada profissional vai atender à demanda de sua área.
Raísa Duquia Giumelli
Psicóloga
CRP- 12/13650
Referências:
Mueller, M.R. , e Guimarães, S.S. (2007). Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário e a qualidade de vida. Estudos de psicologia, 24(4).
Tufik, S. , Poyares, D. (2008). Apresentação: sono, transtornos do sono e uso de hipnoindutores em Psiquiatria. Rev. Bras. Psiquiatria.